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  • Foto do escritorAdnan Brentan

Eu quero! (mas não quero?)


Você já prestou atenção na quantidade de coisas pelas quais nos atraímos porque consideramos boas e algo em nós nos diz que aquilo seria ótimo para nós. Muitas vezes até colocamos na nossa lista interna de desejos, pois, mesmo sendo difícil, algo nos diz que seríamos capazes de conquistar ou realizar: "Ah, eu mereço isso e sou capaz disso se me empenhar!" Mas o impulso, na grande maioria das vezes, não vai além do desejo. Desejo que até passa a nos assombrar e, como consolo, passamos a construir fantasias onde nos vemos possuindo ou vivendo aquilo que nos encanta. Esta fantasia acaba por consumir energia, acaba por drenar nossos recursos internos, recursos que seriam os mesmos que utilizaríamos para tirar estes projetos do campo da fantasia e trazê-los para o campo da realidade.

Mas o que nos impede de assumí-los e realizá-los?

No meu caso quase sempre há dois inimigos internos ferrenhos: - O medo. (temor, ansiedade irracional ou fundamentada; receio) - A preguiça. (estado de prostração e moleza, de causa orgânica ou psíquica) Normalmente é uma combinação de ambos, de um somado ao outro em menor ou maior proporção.

Medo: dos riscos envolvidos, de não ser capaz, de falhar, do que outros vão pensar, medo até da responsabilidade, do compromisso, até das consequências positivas resultantes, medo do dano que pode causar, medo do desconhecido, medo de ser melhor, maior, de ser mais.

Preguiça: devido ao trabalho que vai dar, ao esforço que terá que fazer, preguiça das mudanças que terá que promover, preguiça de crescer. (no fim das contas, talvez, a preguiça seja só mais uma forma do medo)

Então como superar estes obstáculos internos e transformar este querer em poder?


Todo projeto envolve riscos.

Todo projeto é em algum grau uma aventura e aventura significa "aceitar o que vem pela frente", mesmo e principalmente o desconhecido. Há algo que o pessoal que faz trilhas comigo sempre ouve da minha boca e que digo sem receio de ser repetitivo. Quando percebo que há um certo desapontamento naqueles que vem para a trilha, num dia fechado, por não terem o visual esperado devido ao clima desfavorável eu repito: Só há um jeito garantido de não ter um belo visual: É não vindo para a trilha. Mas se você, seguidamente, se arrisca, em boa parte das vezes, desfrutará de uma vista incrível. Portanto: - É necessário agir. Independente de conseguir alcançar o objetivo maior;

- É necessário aceitar. Como consequência natural do agir, é necessário aceitar o desafio e aceitar o resultado mesmo que não seja o ideal;

- É necessário aprender. Aprender com os erros e os acertos. Se agimos e aceitamos os desafios, inevitavelmente, ganharemos experiência e a experiência nos guiará até desafios maiores e aprendizados maiores;

- É necessário desfrutar. Desfrutar a jornada. Quando encaramos cada jornada como uma oportunidade para novos aprendizados, naturalmente, sentiremos prazer na jornada;

- É necessário celebrar. Celebrar cada conquista obtida outorga um valor especial a ela. Celebrar é de alguma maneira agradecer as lições aprendidas.

Esta reflexão não saiu tão profunda e bem elaborada quando eu esperava, mas aceito o resultado pois aprendi coisas simples enquanto a realizava e sei que a próxima será melhor. Foi agradável exercitar a minha criatividade e é uma satisfação constatar que tenho esta capacidade. Agora, em agradecimento pelo que conquistei, celebro esta singela conquista compartilhando-a com vocês.


Adnan Brentan - Montívago e aventureiro

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