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Foto do escritorAdnan Brentan

Desenvolvendo a autoconfiança e autonomia

"O maior bem que fazemos aos outros não é lhes comunicar nossa riqueza, mas fazer que descubram a deles." Louis Lavelle


Uma das maiores satisfações como profissional (e pessoal também) é perceber uma pessoa sob "meus cuidados" crescendo em habilidade, autoconfiança e consequentemente em autoestima.


Participar de uma expedição na natureza, com certo grau de aventura, requer que cada participante, consciente ou não disto, esteja disposto a expor-se a riscos e a desafios físicos e psicológicos pois estes riscos e desafios, além de entretê-lo, vão estimular ganhos físicos, ganhos psicológicos e até ganhos espirituais.


Aquele que termina uma expedição desafiadora não é o mesmo que a inicia e uma das coisas que sinceramente busco e espero de quem realiza uma expedição desafiadora comigo é que esta pessoa cresça em habilidade, confiança e coragem.


"Exercitando a coragem e desenvolvendo a confiança chegaremos a autoestima. Se tenho confiança, eu me aprecio, e me aprecio porque dou conta de mim. E quando é que me aprecio mais? Quando subo de patamar em autoconfiança, e, para isso, preciso de coragem." Joel Câmara


Qualquer viagem de aventura em grupo é também um exercício de confiança. Você confia que eu não te colocarei em uma situação que não conseguirá superar. Confia no grupo para compartilhar e superar os desafios. Eu confio que você se esforçará para superar os desafios e se superar. E quando consegue superar sua confiança em mim pode crescer, como também a confiança no grupo, mas, principalmente, a confiança em si mesmo com certeza irá aumentar.


"Se a qualidade básica do heroísmo é a coragem autêntica, por que tão poucas pessoas são realmente corajosas? Por que é tão raro ver um ser humano que possa se sustentar nos próprios pés?" Ernest Becker


Considero que a resposta para a pergunta acima seja a de que as pessoas, especialmente na atualidade, não são desafiadas o suficiente e se desafiadas o fazem utilizando um excesso de apoios ou de mecanismos de segurança que subtraem da experiência a maior parte dos estímulos necessários para um real crescimento.



Guardadas as devidas proporções, da mesma forma que os pais precisam dar espaço para que os filhos se desenvolvam, acredito que quem guia/lidera/conduz precisa (e deve) deixar os "guiados" com uma certa liberdade de movimentos (salvo quando há riscos maiores), precisa deixar as pessoas um pouco "soltas" durante as atividades, pois assim desenvolverão confiança e autonomia. A liberdade é um dos valores mais importantes e essenciais para que os seres humanos possam tomar contato consigo mesmos e descobrirem as suas potencialidades.


Realizar menos interferências e deixar as pessoas "um pouco soltas" na aventura permite que busquem e exercitem a melhor forma de superarem os desafios que é com seus próprios corpos, com suas próprias forças, com sua coragem, autonomia e criatividade.


Por incrível que pareça muitos nem percebem conscientemente este ganho real de confiança em si mesmos, mas isso é o que menos importa, pois esta confiança influenciará na sua satisfação pessoal e qualidade de vida de forma objetiva. Pode parecer que o peso da vida e do mundo ficam mais leves, mas a vida e o mundo continuam do mesmo tamanho. O que muda é a potencia e capacidade de quem viveu uma aventura desafiadora.


Como sempre, o uso e benefício desta fórmula, de aventura + desafios + riscos + confiança = habilidades + autoconfiança + autoestima + liberdade, não se restringe as trilhas na Natureza, ela pode ser usada como roteiro de realização e sucesso em qualquer área de nossa vida.


"Aquele que não faz uso de todo o potencial de sua vida, de alguma maneira diminui o potencial de todos os demais. Se fossemos todos mais corajosos e temêssemos menos a possibilidade de sermos perversos, este seria um mundo de menos interdições desnecessárias e de melhor qualidade." Nilton Bonder



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